Cerca de 1.180 pessoas compareceram nos três dias do Festival Universitário de Música Popular Brasileira de Maringá, promovido pela UEM
Por Murilo Benites
A aconchegante Oficina de Teatro da UEM ficou pequena. Todas as 170 cadeiras internas foram rapidamente ocupadas e o restante do público, que não parava de chegar, foi se acomodando nos outros lugares disponíveis: as escadas dos corredores entre as fileiras, as portas laterais ou as cadeiras colocadas estrategicamente do lado de fora do teatro, onde havia um telão.
E foi assim, com a casa cheia, que aconteceu a terceira edição do Acorde Universitário - Festival Universitário de Música Popular Brasileira de Maringá. O evento, promovido pela UEM, por meio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e Diretoria de Cultura, foi gratuito e realizado entre os dias 6 e 8 de agosto. Estima-se que 1.180 pessoas compareceram nos três dias de Festival.
Ao todo foram cinquenta músicas inscritas, com trinta selecionadas para as semifinais, que ocorreram nos dias 6 e 7. As quinze melhores canções desses dois dias, escolhidas por um grupo de dezesseis jurados, escolhidos pela Comissão Organizadora, se classificaram para a grande final, no dia 8. Esta edição do festival distribuiu R$ 7,5 mil em dinheiro entre as categorias, que foram, além dos três primeiros lugares, melhor letra, melhor arranjo, aclamação popular, melhor intérprete e música cidadã.
Um dos principais atrativos do Acorde é que todos os compositores e intérpretes participantes do festival devem atuar em alguma das Instituições de Ensino Superior com sede em Maringá. O objetivo é promover a diversificação e o acesso à cultura para toda a comunidade universitária de Maringá e valorizar a música brasileira nas suas diversas vertentes, por meio do talento desses funcionários e alunos.
Tal talento foi muito bem demonstrado por Vanessa Croge, 25, vencedora dessa edição do Acorde, com a música Labirinto. Vanessa, que é aluna do curso de Ciências Sociais da UEM e faz parte do coral da universidade, não tem nenhum cd gravado, mas diz que ainda pretende trabalhar com música de algum modo. “O prêmio será usado para gravar outras músicas, para trabalhar outras idéias... Enfim, o dinheiro ganho no festival volta para a área musical”, afirma.
Em três anos de festival, Vanessa já é bicampeã do Acorde. O fato interessante é que praticamente todos os jurados mudaram de uma edição para a outra, comprovando uma grande aceitação das suas canções. “Isso dá um incentivo pra gente continuar tentando trabalhar nessa área apesar de todas as dificuldades que encontramos aí pelo caminho”, conta.
O evento também foi marcado pela diversidade de ritmos, que iam de forró, MPB e samba a maracatu e sertanejo de raiz. Outro atrativo que deu charme ao festival foram os instrumentos diferentes utilizados na execução das canções, como o Ukulele, o Cajón e a Zabumba.