Por Murilo Benites
Milhões de fãs loucamente apaixonadas por Paul McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. Foi preciso criar um termo específico para definir as manifestações entusiasmadas de afeto pelos Beatles na década de 1960: Beatlemania. Com ela, iniciou-se de uma nova era na música, em que a relação entre artistas e fãs passou a adquirir níveis de afeto. Quem era “beatlemaníaco” não apenas gostava dos Beatles e das suas músicas, ele era completamente apaixonado por cada um deles.
Os teatros onde o quarteto de Liverpool se apresentava estavam sempre lotados e eram cercados por centenas de pessoas, que depois saíam correndo atrás do carro do grupo, em busca de um autógrafo, um abraço, ou ao menos um aceno. Nos shows, os gritos vindos da platéia eram tão altos que por vezes não se conseguia nem ouvir as músicas. Para os Beatles, o resultado disso foi um estrondoso sucesso mundial, milhões de discos vendidos e o justo título de melhor banda de todos os tempos.
Desde o fenômeno da beatlemania, muitas outras bandas e artistas conquistaram a paixão incondicional de seus fãs. Bons exemplos internacionais são Nirvana, Iron Maiden, AC/DC, Metallica e U2. No Brasil, Raul Seixas e grupos como Legião Urbana e Los Hermanos possuem um vasto número de adoradores.
É inegável que a beatlemania foi um marco nesse lance de paixão na música. Ela trouxe essa discussão a tona e a elevou a um nível nunca antes visto. Mesmo assim, sabe-se que, desde os primórdios, a relação do ser humano com o som é estreita. Começou com a batida nos tambores primitivos e gradativamente se tornou parte da característica do homem. Não se sabe ao certo o porquê, mas grande parte das pessoas já nasce apaixonada pela música, seja qual for o estilo.
E quando o assunto é esse, os brasileiros podem ser vistos como referência no mundo. A pesquisa Music Metters, realizada no ano passado por uma empresa de análises de mercado, mostrou que o Brasil é o país mais apaixonado por música do planeta. Os australianos ficaram com a última colocação. Foram feitas entrevistas com oito mil adultos em treze países, e a maior parte se considerou apaixonada por música. Apenas 6% disseram não dar a mínima para ela...